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MPE apura denúncia de crise no hospital Santa Casa

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Ministério Público Estadual (MPE) investiga denúncia referente à precariedade da estrutura do Hospital Estadual Santa Casa, da Capital. As informações foram recebidas pelo promotor de Justiça, Milton Mattos da Silveira Neto, da 7ª Promotoria de Justiça Cível de Tutela Coletiva da Saúde de Cuiabá em fevereiro deste ano. Enquanto ocorre a apuração, uma crise administrativa também prossegue na unidade e pacientes estão sendo internados em sala de medicação por falta de leitos na enfermaria.

Mães de crianças que buscaram por atendimento médico na Santa Casa nos últimos dias relatam completo abandono no setor pediátrico da unidade. Uma delas, que preferiu não se identificar, conta que teve que dormir por duas noites em uma cadeira de medicação, próximo ao lixo de descarte de materiais infectantes. Além disso, no ambiente ainda havia seringas, agulhas e medicamentos expostos, o que representa riscos para acompanhantes e pacientes infantis.

Muitas crianças que precisam de internação também estão sendo mantidas no Pronto Atendimento na unidade, onde não existe banheiro equipado com chuveiros para banho. Caso deseje se higienizar ou banhar os filhos, as mães precisam sair do PA e se dirigir ao banheiro da recepção, onde outros pacientes utilizam enquanto aguardam o atendimento. “A pediatria está simplesmente jogada. Na sala da triagem muito sujeira, material de enfermagem exposto. Nos colocaram em uma poltrona de medicação, coberta com um lençol que pinica”, relata.

Conforme as mães que seguem acompanhando os filhos internados na Santa Casa, existe uma superlotação da unidade, paralelo a um quadro de funcionários deficitária. E o PA que é um espaço para rotação de atendimentos, acabou se tornando uma enfermaria improvisada. “Um local minúsculo, lotado”.

Outra mãe conta que a lotação tem prejudicado até mesmo a rotina dos pacientes que estão internados na unidade, uma vez que as técnicas de enfermagem não estão dando conta de acompanhar os horários de aplicação e entrega de medicamentos às crianças. “Acredito que todos os setores do hospital estão precários, pois há vários problemas estruturais e há falta de profissionais. Parece um hospital sem qualquer tipo de direção”.

Fonte: Gazeta Digital

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