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Mãe chora durante depoimento de testemunhas de defesa de pecuarista que matou seus filhos

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Ocorre nesta terça-feira (4) a sessão do tribunal do júri que julga o pecuarista Celzair Ferreira de Santana pela morte de Katherine Louise Bittencourt, 19, e Diego Guimarães Bittencourt, 14, ambos atropelados em novembro de 2007. A mãe das vítimas, Rosinéia Guimarães, acompanha a audiência e chorou durante alguns depoimentos de testemunhas de defesa.

Já foram ouvidas as testemunhas de acusação João Batista Carvalho Junior, Maria Benedita Rondon e Rosana Joana Fernandes de A. Carvalho. O tio das vítimas, Pedro Ronney Vaz Guimarães, foi ouvido apenas como informante, após a defesa contestar dizendo que ele não serviria como testemunha, pois tem interesse na condenação de Celzair. Questionado pelo juiz Wladymir Perri, que conduz o julgamento, Pedro afirmou que tem sim interesse na condenação.

As primeiras testemunhas relataram suas visões sobre a dinâmica do acidente. João Batista viu Celzair sair da caminhonete sem ferimentos, após o atropelamento e colisão com um poste. Maria Benedita viu o pecuarista deixar o local sem prestar socorro. Rosana disse que o réu aparentava estar embriagado, pois estava “relaxadão, com a cabeça meio torta”.

Apesar de não poder ser considerado testemunha, o tio das vítimas, Pedro Ronney Vaz Guimarães, acabou sendo ouvido como informante. Ele trabalhou como garçom em uma leiloeira no dia do atropelamento e afirmou ter avistado Celzair ingerindo bebidas alcoólicas no local durante toda à tarde. Inclusive, disse que o pecuarista pedia por bebida e a orientação de sua chefia era para que continuassem servindo cerveja a ele.

Em seguida foram iniciados os depoimentos das testemunhas de defesa. Chamados os proprietários da leiloeira e o responsável pelo frete dos animais adquiridos por Cerlzair naquele dia. Todos negaram que o pecuarista estava embriagado. Os proprietários negaram que bebidas alcoólicas são servidas em abundância no local e relataram que, pelos procedimentos do leilão, não seria possível uma pessoa embriagada acompanhar todo o processo. Já o responsável pelo frete disse que Celzair seguia seu veículo, que transportava os animais, e não o viu em alta velocidade, até se separarem na entrada para a cidade.

Enquanto acompanhava os depoimentos sentada em uma das cadeiras da platéia, a mãe de Katherine e Diego chorava bastante com as falas das testemunhas. A sessão foi interrompida, para intervalo de almoço, mas deve continuar à tarde.

Fonte: Gazeta Digital