Início Opinião 08 DE MARÇO E AS MULHERES DO ANO TODO

08 DE MARÇO E AS MULHERES DO ANO TODO

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A conquista do espaço da mulher, no cotidiano que antes era predominantemente dominado pelos homens, um dia foi considerado até utopia, devaneio, um simples sonho, para quem antes, exatamente há 89 anos atrás, não tinha o direito nem de votar, de participar das decisões sociais, administrativas e políticas, hoje, o fato da realidade do avanço das mulheres, exercendo profissões e cargos de lideranças, nada mais é, que a justiça pelo reconhecimento de suas capacidades.

É verdade que em determinados setores, o domínio masculino ainda é existente, porém é verdade também, que as cadeiras dos cursos, técnicos, superiores, de especializações, mestrados e doutorados, na sua maioria são dominadas pelas mulheres, mostrando que em um futuro não muito distante, a maioria de profissionais capacitados, aptos para exercer determinadas funções, serão de mulheres.

A frase já é conhecida, “mulher pode ser o que ela quiser”, piloto, médica, juíza, dentista, vereadora, deputada, prefeita, governadora, exercer diversas profissões e cargos, porém, mesmo com a ascensão das mulheres, muitas pessoas ainda insistem em afirmar que o sexo feminino é frágil.

Hoje, para muitas mulheres terem o direito de ir e vir, estudar, trabalhar, ter seus direitos e não apenas deveres, serem amadas, respeitadas e não apenas agredidas, é porque a luta vem de décadas, no mundo todo, com dados de movimentos desde o continente europeu, até o americano, uns chamam de movimentos feministas, outras preferem falar que é a busca por justiça, pelo direito de fazer parte das ações políticas, sociais, econômicas, culturais, são ações que desenvolvem o seu cotidiano.

 Na atualidade, já é possível ver mulheres em vários setores, sendo a maioria em determinadas profissões e cargos de destaque, porém, ainda são vítimas de descriminações, oriundas de seres preconceituosos, que por falta de conhecimento, faz questão de tentar diminuir a importância da mulher dentro da sociedade, mesmo ela sendo, esposa, mãe, companheira, estudante, profissional que não deixa a desejar em suas atividades, mesmo assim, ainda requer reconhecimento.

No cenário da política, por exemplo, existe uma diferença gigantesca nos cargos ocupados por homens e mulheres, o que já foi muito maior, a frase: “mulher, não vota em mulher”, está ficando no passado, a cada eleição, mais lideranças femininas começam a surgir, enfrentando uma pré-eleição, para ser escolhida por um grupo, disputar uma eleição, para ter a maioria do voto eleitor, conquistar a confiança do secretariado que vai compor a gestão, e principalmente, receber o respeito e carinho da população.

Um sonho que virou realidade de uma menina criada no campo, conhecendo todas as dificuldades de quem viveu sem energia elétrica, tirando água do poço, precisando de transporte para estudar, e de uma escola em condições, tanto para os alunos, quanto para os professores e servidores, que sabe da importância de estradas boas para chegar na cidade, formando uma bagagem de já ter passado por determinadas necessidades, assim, não foram obstáculos que a impediram de vencer os desafios.

A menina que saiu da comunidade rural, foi estudar na cidade, lutou pelos seus sonhos, trabalhou, se qualificou, começou fazer parte da vida política, filiou em um partido, aceitou o desafiou de ser candidata a vice-prefeita, exerceu o cargo, e depois surgiu a oportunidade de realizar um dos seus sonhos, ser prefeita do município de Santo Antônio de Leverger, assim é Francieli Magalhães, a primeira mulher com origens na comunidade rural, que agora trabalha com sua equipe, para melhorar as condições de vida, das pessoas que vivem em Leverger.

A mulher pode sim, ser e fazer o ela quiser, não são mais, e nem menos que ninguém, são pessoas com condições de realizar funções e exercer cargos, o que falta é reconhecimento e respeito, lutem pelos seus direitos.

Que o parabéns do dia 8 de março, seja dado nos 365 dias do ano.

Artigo de Francieli Magalhães, é mãe, esposa, produtora rural e prefeita de Santo Antônio de Leverger.

Fotos: Júlio Rocha

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