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Oncologista alerta para os sintomas de câncer infantil

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No dia 15 de fevereiro a comunidade global destaca o Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil. A data foi criada em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI) para promover campanhas e aumentar a conscientização do tema e expressar apoio às crianças e adolescentes com câncer, os sobreviventes e suas famílias.

O câncer é a segunda causa de morte entre pessoas de 1 a 19 anos no Brasil. Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2023/2025 surgirão no Brasil 7.930 novos casos entre crianças e adolescentes.

Em entrevista ao GD, o oncologista pediatra e coordenador do Hospital De Câncer De Mato Grosso, George Sampaio Freitas Júnior, explica que o câncer é o aumento descontrolado de uma célula do corpo e que os tumores infantis, em geral, ocorrem de forma aleatória. A ciência ainda não encontrou o motivo para o descontrole celular e surgimento da enfermidade.

“Os cânceres infantis são doenças raras, mas curáveis em sua grande maioria. Porém, seus sinais e sintomas são semelhantes a doenças comuns em crianças, o que dificulta e atrasa o tratamento”, afirma.

Devido a este último fato, o diagnóstico costuma ser tardio, muitas vezes em fases avançadas da doença. Dessa forma, o oncologista orienta que os responsáveis pela criança procurem por um pediatra ou oncologista caso notem os seguintes sintomas:

Febre há mais de 7 dias
Ínguas pelo corpo
Dores nos ossos, principalmente nas pernas (que não melhoram com tratamento) por mais de 15 a 30 dias
Manchas roxas e sangramentos pelo corpo
Palidez progressiva
Dores de cabeça persistentes e progressivas, acompanhada de vômitos ou outras manifestações neurológicas
Dor abdominal ou distensão abdominal (massa abdominal palpável)
Reflexo “branco nos olhos” nas fotos

 

Divulgação

câncer

Ele ressalta ainda a importância de se atentar aos sintomas, pois os tumores infantis têm evolução rápida. “Os sintomas são sempre progressivos e tendem a ser piores com o passar dos dias. Atente-se sempre a sintomas que não melhoram, mesmo após levar em consultas com pediatras e após já medicadas. Os tumores mais comuns ocorrem no sangue, cabeça e nos linfonodos”, descreve o profissional.

Contudo, se detectado precocemente, existem chances de cura consideravelmente maiores, além de facilitar o tratamento com menos quimioterapia, de acordo com o especialista.

“No estado de Mato Grosso, o Hospital de Câncer de Mato Grosso está apto a dar todo suporte que a criança necessita desde a suspeita, diagnóstico, tratamento e acompanhamento do paciente com câncer infantil. O encaminhamento é rápido e sem filas, bastando ter sido referenciado por um médico clínico ou pediatra da rede”, salienta.

O médico também afirma que o tratamento oncológico de uma criança envolve toda a família. A criança precisa de um acompanhante 24 horas durante todo seu tratamento e os demais integrantes familiares precisam fornecer as condições para que esse familiar se aprofunde no tratamento.

A equipe de serviço social atua com a família para organizar os fluxos familiares e sociais, bem como ajudar na orientação dos direitos do paciente oncológico para auxílio ao tratamento.

O tratamento tem a duração em média de 6 meses a 24 meses, envolvendo quimioterapias ambulatoriais e internações, bem como atendimento semanais e muitas vezes até diários por intercorrências.

“O caminho é longo, porém ele não precisa ser árduo. Dentro do hospital possuímos professores, psicólogos, voluntários, médicos e enfermeiros, espaços de brinquedos e atividades lúdicas para que a criança possa passar por esse momento com amenização do sofrimento”, tranquiliza.

O médico recomenda a procura do pediatra mais próximo para examinar a criança, tirar dúvidas e se necessário encaminhar a para uma avaliação especializada. Os exames a serem solicitados deverão ser individualizados para cada caso.

Fonte: Gazeta Digital

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