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A primeira juíza a atuar na vara especial de crimes com violência domestica MARIA DA PENHA pode ser a próxima ministra do STF na vaga de Rosa Weber

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A juíza Amini Haddad Campos, que atua há quase 23 anos na Justiça de Mato Grosso, é uma das cotadas para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, prevista para o dia 2 de outubro. Nesta segunda-feira (24), ela falou sobre a possibilidade de ser nomeada e disse que se sente honrada, mas que chegar ao ápice da carreira não deve ser um objetivo. Ela afirmou que sua atuação é voltada ao interesse público e ao desenvolvimento de uma política judiciária nacional.

“Minha intenção é fazer o melhor como parte da equipe. Eu deixo para o público decidir… Acredito que temos sempre que se apresentar com o interesse público. O que vai acontecer, tem tudo a ver com o movimento que o Brasil tem desenvolvido. Estamos aqui para contribuir. Que as análises venham e que seja o melhor nome para o STF. Uma pessoa voltada ao desenvolvimento de uma política judiciária nacional”, declarou.

A juíza também defendeu a representatividade das mulheres no Supremo, que atualmente conta com apenas duas ministras entre os 11 integrantes. Ela disse que é impensável pensar em uma diminuição da participação feminina na Corte, já que as mulheres são quase 52% da população brasileira.

“Queremos manter uma representatividade. As mulheres são quase 52% da composição da população. É impensável pensar em uma diminuição. A gente sempre tem um sonho. Quando fazemos acreditando, carregando a Justiça como um ideal, sem sombra de dúvidas. Tentamos fazer o melhor. Se chegar ao ápice da carreira, que seja um resultado e não um objetivo. Podemos sonhar, mas existe um interesse que é muito maior, que é um interesse público”, afirmou.

A juíza, que é auxiliar da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), disse que está tendo muito aprendizado na sua função atual e que pensa na funcionalidade do sistema de Justiça como um todo, considerando a atuação do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos demais órgãos envolvidos.

“Estou tendo muito aprendizado. Nós pensamos em todos os estados, a funcionalidade do sistema de Justiça. Pensamos na atuação do Ministério Público, da Defensoria, é um macro. Tudo impacta”, disse.

A escolha do novo ministro ou ministra do STF cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve enviar a indicação ao Senado Federal para aprovação. O mandato dos ministros do STF é vitalício até os 75 anos de idade. Haddad conta ainda com apoio de diversos políticos mato-grossenses.

Amini Haddad Campos é doutora em direito civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), doutora em direitos humanos pela Universidad Católica de Santa Fé – Argentina, mestre em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, especialista em direito civil, processo civil, direito penal, direito administrativo, constitucional e tributário pela Universidade Cândido Mendes e MBA em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ). Ela também é autora de diversos livros e artigos jurídicos e membro da Academia Mato-Grossense de Letras, Academia Mato-Grossense de Magistrados e Academia Matogrossense de Direito.

Atualmente, ela é presidente-adjunta da Virada Feminina Nacional, uma organização não governamental voltada à Agenda ONU 2030, equidade entre homens e mulheres. Ela também foi coordenadora de Direitos Humanos da Escola da Magistratura do Estado de Mato Grosso e presidente da Academia Mato-Grossense de Magistrados (2012-2015).

Fonte: Esporte Noticias

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