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Mais de 150 escolas infantis funcionam de forma irregular

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Em Cuiabá, ao menos 158 escolas de ensino infantil e fundamental, das redes pública e privada, funcionam de forma irregular, conforme levantamento do Conselho Municipal de Educação (CME). Especialista em educação afirma que situação acende sinal vermelho, pois coloca em risco a vida e o futuro educacional de inúmeras crianças uma vez que, sem as licenças para funcionamento, estas unidades podem não disponibilizar o histórico do aluno. Isso significa que mesmo após anos estudando é como se o aluno nunca tivesse se matriculado.

Para fundamentar pesquisas, o doutor em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Bartolomeu José Ribeiro de Sousa, solicitou ao CME dados sobre escolas de crianças entre 0 a 5 anos que funcionam de forma irregular na capital. Me surpreendi e fiquei extremamente preocupado com os dados. São 96 unidades privadas que funcionam em casas, apartamentos ou prédios sem preparação estrutural e de equipe para atender as crianças. Fora as públicas, que também colocam a integridade física de alunos em risco, sem ter ao menos acessibilidade.

Sousa frisa que a preocupação é ainda maior pois, o quantitativo, apesar de alto, ainda não reflete a realidade. Existe subnotificação e isso é um fato. De qualquer forma, os dados são muito preocupantes e exigem uma atuação firme dos órgãos que devem atuar em defesa e promoção da educação de qualidade, como conselhos de educação, secretariais de educação e o Ministério Público.

Conforme o especialista, no levantamento consta unidades que funcionam de maneira improvisada em casas, apartamentos e prédios sem segurança estrutural para receber crianças. Além disso, os responsáveis pelo ensino, muitas vezes, não têm qualificação voltada à educação, colocando em risco a integridade física e psicopedagógica do aluno. “Estes espaços se tornam meramente depósitos de crianças. Estamos falando de vidas indefesas que podem ter seu desenvolvimento prejudicado em todos os sentidos. Um aluno que passa anos em uma escola e quando precisa do seu histórico para avançar nos estudos, não tem. É como se nunca tivesse estudado”.

Fonte: Gazeta Digital

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