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MPE acata pedido de Lula e pede para polícia investigar deputado por difamação

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O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) pediu a abertura de um inquérito policial contra o deputado Gilberto Cattani (PL) e outros militantes ligados ao “Movimento Conservador de Mato Grosso” para apurar supostos crimes contra a honra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pedido atende a uma notícia crime apresentada pelo próprio petista e foi assinado pelo procurador de Justiça, Domingos Sávio de Barros Arruda, coordenador do Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco).

“Deverá autoridade policial apreciar o mérito da representação no que toca aos supostos crimes contra a honra e, se for o caso, também apurá-los nos mesmos autos de Inquérito Policial cuja cópia, ao final, ficará disponibilizada ao representante”, cita despacho do dia 18 de abril.

No pedido, Lula citou a instalação de um outdoor às margens da BR-364, em Rondonópolis, contendo sua fotografia e os seguintes dizeres: “Aqui esse bandido é reconhecido como ‘o traidor da pátria’, fora maldito”.

Na reclamação, o ex-presidente argumenta que sua honra está sendo denegrida “em nível nacional” e até mesmo internacional. Outro pedido também já havia sido feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de abril.

“A cidade de Rondonópolis é um dos principais polos do agronegócio brasileiro, existem “diversas reportagens que retrataram o tema, com repercussão irrestrita na rede internacional de computadores”, cita outro trecho.

O petista também apontou que a placa teria sido arquiteta com ajuda do “Movimento Conservador de Rondonópolis”. A ‘inauguração’ da imagem contou com a presença de Cattani e foi compartilhada nas redes sociais do parlamentar.
“De acordo com o requerente, o ato promovido pelo grupo conservador seria uma forma de reagir negativamente a um convite que lhe foi feito pelo Prefeito José Carlos do Pátio, para visitar a cidade de Rondonópolis”, cita outro trecho.

Por fim, o procurador solicita que a Polícia Civil instaure um inquérito para apurar os supostos crimes de difamação, injúria, ameaça e associação criminosa, supostamente praticados por Cattani e por Thiago Mota de Lima, Michel Pagno.

“Com efeito, o relato apresentado pelo representante e, especialmente, os elementos probatórios que acompanharam a representação indicam que, ao menos no primeiro olhar, o Deputado Estadual Gilberto Cattani, Thiago Mota de Lima, Michel Pagno e outros ainda não identificados, se associaram, de forma estável e permanente, para a prática reiterada de delitos contra a honra do ex-Presidente da República”, finaliza.

Outro lado
O GD entrou em contato com a assessoria do deputado Gilberto Cattani, que informou que o parlamentar se encontra na zona rural e poderá se manifestar assim que for notificado.

Fonte: Gazeta Digital