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Processo detalha homicídios atribuídos a presidente de Câmara

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Reprodução
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O presidente da Câmara de Vereadores de Nova Nazaré (786 km de Cuiabá), que se apresentava como Márcio Túlio (PSDB), se chama na verdade Valdoir Bento Tavares, segundo a Polícia Civil.

 

Ele e o irmão, que também usava identidade falsa, eram considerados foragidos da Justiça de Rondonônia e foram presos na segunda-feira (7). Os dois são acusados de um duplo homicídio e uma tentativa de homicídio em Ariquemes (RO) em 2007.

 

A prisão de Márcio Túlio – ou Valdoir Tavares – causou perplexidade em Nova Nazaré, onde ele estava no segundo mandato como vereador.

 

MidiaNews teve acesso a parte do processo criminal sobre o caso, que foi paralisado em 2018 por causa do sumiço dos dois irmãos.

 

Os crimes ocorreram na madrugada do dia 1º de janeiro de 2007. O motivo foi uma briga por vaga de estacionamento.

 

As vítimas – Éder da Silva Martins e Edeilson Moura dos Santos – foram mortas a tiros, segundo a Polícia, disparados pelo vereador, seu irmão e mais uma pessoa.

 

Segundo o processo, os três ainda tentaram matar um terceiro homem, identificado como Leandro de Andrade Passos.

 

Conforme as investigações, Valdoir foi quem começou a fazer os disparos. Éder morreu no local. Leandro ficou ferido, mas sobreviveu.

 

Os disparos foram feitos também contra uma outra pessoa do grupo, mas acabaram atingindo Edeilson, a segunda vítima fatal.

Os denunciados, ainda não satisfeitos com esse resultado, continuaram a atirar contra as pessoas que estavam no local

 

“Os denunciados, ainda não satisfeitos com esse resultado, continuaram a atirar contra as pessoas que estavam no local”, diz trecho do relatório.

 

Interrogatório

 

Nesta terça-feira (8), Valdoir e Valteir prestaram depoimento à Polícia. Conforme apuração do MidiaNews, o vereador negou as acusações.

 

Valteir, que usava a identidade de um primo morto – Eliseu Oliveira Tavares -, confessou os crimes.

 

A investigação

 

Em conjunto com a Polícia Militar de Goiás e a equipe da Polícia Civil de Nova Crixás (GO), os investigadores da Delegacia de Água Boa cumpriram na segunda o mandado de prisão contra o irmão em Aruanã (GO). No mesmo horário foi dado cumprimento ao mandado de prisão na cidade de Nova Nazaré, contra o presidente da Câmara.

 

Segundo o delegado regional de Água Boa, Valmon Pereira da Silva, o trabalho de identificação e prisão dos suspeitos só foi possível graças às informações cedidas pelo Instituto de Identificação de Rondônia e Goiás.

 

Assim como o trabalho feito pela Papiloscopia de Barra do Garças, que forneceu suporte para o cumprimento dos mandados e também dos peritos papiloscopistas de Tocantins, que elaboraram o laudo prosopográfico.

 

O laudo prosopográfico consiste na identificação de suspeitos ou alvos a partir da comparação dos elementos constitutivos da face apresentados em imagens. O objetivo é estabelecer se as faces das imagens pertencem a uma mesma pessoa ou não.

 

“É um caso de grande repercussão, uma vez que os suspeitos fugiram do seu Estado de origem e utilizando identidades falsas, fizeram a vida nos estados de Mato Grosso e Goiás, onde continuam com a prática de crimes, inclusive utilizando a política para cometimento dos fatos”, disse o regional.

 

Outros crimes

 

Conforme a Polícia, o vereador também responde a vários procedimentos na Delegacia de Água Boa por crimes de furto, ameaça, furto de gado, apropriação indébita, posse irregular de arma de fogo, receptação e direção perigosa.

 

A Polícia Civil diz ainda que ele possui diversas passagens criminais em Aruanã (GO) por furto em zona rural, lesão corporal, posse ilegal de arma de fogo e receptação.

Fonte: Mídia News

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