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Após fusão com PSDB, vereadores devem deixar sigla em Cuiabá

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Assessoria/Câmara de Cuiabá
Assessoria/Câmara de Cuiabá

Detentor de uma das maiores bancadas da Câmara de Cuiabá, com três cadeiras, o Cidadania deve sofrer uma perda significativa no Legislativo municipal após a aprovação da fusão com o PSDB, a nível nacional, visando as eleições deste ano.

 

Segundo a legislação eleitoral, a federação opera como uma só legenda e, por esse motivo, está submetida às mesmas regras aplicadas aos partidos políticos.

 

Em Cuiabá, o quadro se complica porque o PSDB faz parte da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, enquanto

ao menos dois dos membros do Cidadania fazem oposição ferrenha à atual gestão: Diego Guimarães e Marcos Paccola.

 

Vou migrar para outro partido que tenha mais alinhamento com o meu pensamento, minha ideologia, que é do conservadorismo republicano

Ambos, inclusive, são pré-candidatos a deputados estaduais nas eleições deste ano. Eles avaliam convites recebidos de outras legendas para decidir sobre a migração.

 

Diego, que é presidente do Diretório Municipal do Cidadania, afirmou ter recebido convites de pelo menos seis partidos: PRTB, Republicanos, PSD, MDB, PSDB e Progressista.

 

No entanto, ele aguarda resposta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sobre a viabilidade para mudança de legenda sem perda do mandato.

 

“Há um entendimento de que, feita a federação, o mandatário está liberado para mudar de partido. Mas isso não está claro e eu formulei, enquanto presidente do Diretório Municipal, uma consulta ao TRE e aguardamos uma resposta se isso se efetiva”, afirmou.

 

Caso contrário, o vereador afirmou que a Emenda Constitucional nº 111/2021 possibilita ao mandatário com anuência partidária, migrar de sigla.

 

“Conversamos com o nosso presidente estadual, Marco Marrafon, e ele disse que, por conta da modificação do posicionamento do partido em relação à federação, não teria nenhum óbice em fazer a carta de anuência aos filiados que desejam sair”, explicou.

 

Marrafon disse que, por conta da modificação do posicionamento do partido em relação à federação, não teria nenhum óbice em fazer a carta de anuência aos filiados que desejam sair

Mudança de legenda

 

A tendência é que Diego siga para o PRTB, legenda do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

 

O partido também tem “namorado” o seu colega de bancada, Marcos Paccola, que ainda estuda convites recebidos do Republicanos e do Patriota e deve anunciar a mudança de legenda até o final deste mês.

 

A saída de Pacola do Cidadania, porém, não se dá apenas em razão da fusão. Ela é agravada pelo convite feito pela Executiva Nacional do partido após sua defesa aos atos de 7 de Setembro realizados no ano passado a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“A partir disso, tomei a decisão de sair do partido e aguardei a primeira oportunidade. Mas, em respeito ao grande homem e amigo que é o Marrafon, e ao Diego Guimarães, que me fez o convite, permaneci”, disse.

 

“E agora com a federação, abrindo a janela e dando segurança em relação à justa causa, vou migrar para outro partido que tenha mais alinhamento com o meu pensamento, minha ideologia, que é do conservadorismo republicano”, completou.

 

Rumo indefinido

 

O vereador Rodrigo de Arruda e Sá é o único que não definiu ainda qual caminho deverá seguir após a federação, afirmando que aguarda a condução dada pelo presidente estadual da legenda.

 

No entanto, como integra a base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e também não tem intenção de sair candidato nas eleições deste ano, a permanência no Cidadania não seria um grande obstáculo.

 

“Falar de sair do partido que nos elegeu ainda é muito precoce, mas se for melhor para o partido e nosso mandato, vamos tratar mais à frente”, disse.

Fonte: Mídia News

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