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Prefeito alega que ‘canhão político’ é uma pessoa, não código

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Pela primeira vez desde que retornou ao cargo, no dia 26 de novembro, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), se manifestou sobre as acusações que o retiraram da função. Em uma apresentação no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SMS), na manhã desta quarta-feira (1), Pinheiro destrinchou cada uma das acusações, feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE), que recaem sobre ele.

 

Por mais de uma hora, o prefeito – voltou ao seu passado de professor de Direito Constitucional – e com ajuda de powerpoint – deu seu posicionamento sobre cada suspeita, apresentada pelo MPE, a quem tachou de ilações equivocadas.

 

Durante a coletiva à imprensa, Emanuel estava acompanhado do vice-prefeito José Roberto Stopa (PV), que por mais de um mês ficou à frente do cargo devido o afastamento de Pinheiro por decisão judicial.

 

Em uma das telas, o político explica que o ‘canhão político”, citado na denúncia do MPE como estratégia para angariar e manter apoio político a sua gestão, foi interpretado erroneamente. O Ministério Público alega que a dinâmica tem por base a indicação de vereadores e  aliados a cargos públicos, já Emanuel alega que o “canhão político” é uma pessoa.

“Em verdade, trata-se de uma referência a Manoel Leite Gonçalves, popularmente conhecido como ‘canhão’, presidente há décadas do bairro Alameda, em Várzea Grande”, diz a apresentação.

 

João Vieira

Coletiva Emanuel Pinheiro

Ainda durante o posicionamento, Emanuel disse que as provas do MPE são “fracas e inconsistentes”. Segundo ele, a sua defesa está trabalhando para derrubar cada uma delas.

Operação Capistrum
Deflagrada em 19 e outubro pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), a Operação Capistrum decretou busca e apreensão e sequestro de bens em desfavor do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro e sua esposa Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro, do Chefe de Gabinete Antônio Monreal Neto, da secretária-Adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, e do ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro.

Considerado o braço direito de Emanuel desde à época em que o emedebista era deputado estadual, o chefe de gabinete chegou a ser preso em apartamento de luxo, localizado no bairro Santa Helena. Agora, ele usa tornozeleira. Todos os investigados continuam afastados de suas funções públicas.

De acordo com o MPE, os investigados estariam ligados a um esquema está de indicações políticas e contratações temporárias na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. Os contratados tinham direito ao benefício do ‘Prêmio Saúde’, que pagavam até R$ 6 mil a mais para os comissionados.

Fonte: Gazeta Digital

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