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Tribunal de Justiça livra empresária acusada de mandar matar irmãos Araújo

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A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) trancou uma ação penal contra a empresária Mônica Marchett nesta quarta-feira (24). A empresária é acusada pelo Ministério Público de Mato Grosso de mandar matar os irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo em 1999 e 2000.

O advogado de Mônica, Daniel Gerber, argumentou que o Ministério Público ofereceu nova denúncia devido ao clamor social.

De acordo com o advogado, o Ministério Público ofereceu nova denúncia em razão de uma declaração do executor do crime dizer que “talvez a empresária tivesse participado de um determinado conluio, de uma determinada reunião” para discutir a morte dos irmãos Araújo. Ainda segundo o advogado, o executor foi questionado insistentemente sobre a participação, como mandante, da empresária nas execuções.

O relator do processo, desembargador Pedro Sakamoto, entendeu que o Ministério Público não apresentou provas novas e que o TJ já julgou o caso em 2018, ocasião em que entendeu que não havia provas suficientes para condenar a empresária.

“Esse interrogatório não trouxe nenhuma informação inédita, nenhuma perspectiva que não tenha sido apreciado pela 2ª Câmara Criminal no julgamento anterior ou que contradiga de alguma maneira os fundamentos que levaram a despronúncia da paciente. E se não havia motivos plausíveis para que ela fosse submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri naquela oportunidade, muito menos há agora”, disse Sakamoto.

O relatório de Sakamoto foi acompanhado pelos desembargadores Rui Ramos e Luiz Ferreira da Silva.

Os crimes

A primeira execução ocorreu no dia 10 de agosto de 1999, quando Brandão Araújo Filho foi surpreendido por Hércules Araújo Agostinho, conhecido como Cabo Hércules, no centro de Rondonópolis (212 km de Cuiabá). A segunda morte ocorreu em 28 de dezembro de 2000, quando José Carlos Araújo foi assassinado no estacionamento do Banco Bradesco. O ex-soldado da Polícia Militar, Célio Alves, também ajudou nos dois crimes.

A motivação das execuções seria uma disputa judicial de uma fazenda de 2,1 mil hectares.

Imagem: Reprodução

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