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Polícia Civil prende ex de mulher que gravou vídeo pedindo socorro

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“Eu não quero ser mais uma vítima do feminicídio. Eu preciso viver”, disse Núbia Jaques

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira Wellington Amorim, de 33 anos, acusado de descumprir uma medida protetiva obtida pela ex-companheira, que o acusa de violência doméstica.

Conforme apuração da delegacia, a vítima, Núbia Jaques, de 35 anos, sofreu também ameaças e houve violação de domicílio.

A prisão foi realizada por uma Equipe da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande.

A delegada titular da unidade, Mariell Antonini Dias Viana, verificando que as medidas protetivas à vítima se mostraram ineficientes, pediu a preventiva, que foi deferida pelo juiz plantonista e cumprida nesta terça-feira.

Desde que a vítima divulgou via rede social o pedido de ajuda, a Polícia Civil e a rede de acolhimento de Várzea Grande se mobilizaram para prestar atendimento à mulher que se apresentava em situação de vulnerabilidade.

Foram fornecidos acompanhamento pela Patrulha Maria da Penha e atendimento psicológico pela Rede Lírios e ela recebeu também acolhimento qualificado na Delegacia da Mulher, resultando na salvaguarda dos direitos fundamentais da vítima.

 

“Trabalhamos com afinco, em rede, para evitar aumento nos índices de feminicídio, dando atenção individualizada a cada caso que aporta na unidade”, explicou a delegada.

 

O suspeito será encaminhado a uma unidade prisional de Várzea Grande, onde ficará à disposição da Justiça.

 

“Preciso viver”

 

O vídeo de Núbia foi divulgado no final de semana. Nele, a designer de joias diz que teme morrer.

 

“Eu não quero ser mais uma vítima do feminicídio. Eu preciso viver. Não quero ser mais uma encontrada morta na minha casa. Eu quero mobilizar alguém que esteja me vendo agora pra me ajudar a me livrar dessa situação. Eu decidi não sofrer mais. Eu decidi não ser mais uma vítima dessa violência. Eu não quero morrer. Me ajudem. Eu posso estar viva agora gravando esse vídeo, mas mais tarde eu posso ser só mais uma na estatística. Eu quero paz”.