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Novas opções de escoamento aumentam potencial da região Oeste

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A restauração do porto está em fase final, aguardando a expedição de licenciamentos para poder operar

Divulgação

Atualmente, o Vale do Guaporé já conta com 100 mil hectares de soja plantada (Imagem ilustrativa)

DA ASSESSORIA

Apontado como um dos grandes diferenciais competitivos no agronegócio, a logística ainda apresenta muitos gargalos que trazem dificuldades ao setor. Ao longo dos anos, uma série de investimentos, bem como na integração dos modais do transporte, mudou de certa forma a realidade dos produtores.

 

Regiões que antes sofriam com graves dificuldades para escoamento da produção, como o Oeste de Mato Grosso, hoje enxergam boas perspectivas. Todo este potencial poderá ser conferido entre os dias 16 e 18 de maio, na primeira edição da Oeste Rural Show, organizada pelo Sindicato Rural de Pontes e Lacerda, que será realizada no parque de exposições do município.

 

Vice-presidente do Sindicato Rural de Pontes e Lacerda e representante regional da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o produtor Túlio Roncalli destaca que houve uma mudança no eixo do escoamento, que antes era feito quase que apenas em direção aos portos de Santos, em São Paulo, e Paranaguá, no Paraná.

 

“Hoje nós temos diversas saídas aqui da região. Podemos escoar para Porto Velho (RO), acessando o Rio Madeira, para Rondonópolis usando a ferrovia que lá está instalada, ou até mesmo para o Porto de Miritituba, no Pará, este um trajeto mais longo”.

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Roncalli pontua que, no entanto, ainda há muito espaço para melhorar, o que deve acontecer em breve com o início da operação do Porto de Cáceres, que possibilitará o uso navegável do Rio Paraguai.

 

“Veja só, muito em breve toda esta região, que já registrou um grande avanço na cultura de soja e que é líder na pecuária, terá um porto a cerca de 250 quilômetros de distância, o que vai melhorar ainda mais o escoamento de tudo o que produzirmos por aqui”.

 

Atualmente, o Vale do Guaporé já conta com 100 mil hectares de soja plantada e tem potencial para expandir esta produção em cerca de 400% nos próximos cinco anos, por meio de uma bem sucedida integração lavoura-pecuária.

 

A restauração do porto, fruto de uma parceria entre o governo de Mato Grosso e a Associação Pró-Hidrovia (APH), formada por produtores rurais da região Oeste, está em fase final, aguardando a expedição de licenciamentos para poder operar.

 

Ele dá acesso à Hidrovia Paraguai-Paraná que conta hoje com mais de 3,4 mil quilômetros de extensão, passando por Brasil, Bolívia, Argentina e Uruguai. Com a hidrovia funcionando há a expectativa de que haja uma redução de até 30% no valor do frete cobrado para as regiões Oeste, Sul e Sudoeste de Mato Grosso.

 

A primeira edição da Oeste Rural Show é uma feira de negócios e tecnologia que pretende levar conhecimento e inovações do agronegócio para a região Oeste. A intenção, de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Pontes e Lacerda, Nilmar Miotto, é a de alavancar a região.

 

“Sabemos que a nossa região é muito focada, que os produtores são muito bons no que fazem e a tendência é termos uma quantidade ainda maior de produtos e área plantada. A feira terá justamente este papel, de trazer gente de fora, novas empresas”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Pontes e Lacerda.

 

Entre os temas a serem abordados estão perspectivas econômicas do agronegócio, integração lavoura pecuária e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da região.

 

O evento irá reunir produtores rurais, profissionais e acadêmicos do segmento para proporcionar um espaço para intercâmbio de ideias e experiências sobre os assuntos que afetam o mercado agrícola e pecuário.

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