Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Montagem/ GD
O prefeito Abilio Brunini (PL) e deputado federal Emanuelzinho (MDB), voltaram a trocar farpas via rede social por conta do projeto da anistia para os presos e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e a PEC da Blindagem, que beneficia parlamentares contra qualquer pedido de investigação ou prisão, além de garantir o retorno da votação secreta para impedir a transparência em votações polêmicas.
Enquanto Abilio ironizou o parlamentar afirmando que atualmente a justiça brasileira não funciona, citando o mensalão e o fato dele ser vice-líder do governo Lula (PT) e filho do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, Emanuelzinho rebateu lembrando que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, foi condenado e preso, além de Abilio ter votado pela soltura do mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão.
A briga iniciou após Emanuelzinho se posicionar contra a anistia, alegando que os que aprovaram urgência para votação da anistia seriam os mesmos que votaram a blindagem dos congressista. “Os que apoiam a anistia são os mesmo que apoiam a PEC da blindagem (bandidagem). Nenhuma surpresa!!!! Falam bastantes de mim, mas na hora que seus políticos de estimação cometem crimes querem blindagem e anistia”, postou no Instagram.
Abilio respondeu à postagem e publicou em suas redes sociais. “Até porque a justiça brasileira funciona mito bem pra prender políticos corruptos, flagrados guardando dinheiro de corrupção, né? Em caixas, malas, cuecas e trajes finos, o mensalão e petrolão demonstraram a eficiência do sistema para com estes. Por fim, nenhuma surpresa deste posicionamento seu, quando se é vice-líder do governo”, disse.
Diante da ‘lacração’, o deputado federal afirmou que a justiça brasileira funciona, citando o fato de Valdemar da Costa Neto ter sido preso no processo do mensalão. “O presidente do seu partido já foi preso várias vezes e você abraçado com ele. O que prova que sua indignação é seletiva. E não vamos esquecer que o senhor votou para soltar Chiquinho Brazão, assassino de uma vereadora mulher. Votou para soltá-lo da cadeia”, disse em vídeo.
O episódio citado por Emanuelzinho ocorreu em 2024, quando Brazão foi preso. Na época, Abilio era deputado federal e justificou o voto alegando que ele seria ‘só um suspeito’. Na época os deputados alegaram que a prisão desrespeitou a prerrogativa do deputado federal, já que a prisão foi preventiva e que o caso não caberia esse entendimento.
“Isso pode ser um precedente muito perigoso. Prender preventivamente um deputado, ferindo o artigo 52 e 53 da Constituição, isso é um precedente muito perigoso para o poder legislativo’, disse na época.
Chiquinho Brazão foi cassado em abril deste ano após ficar mais de um ano preso. Atualmente se encontra em prisão domiciliar.