A sessão plenária da Câmara Municipal de Cuiabá, realizada nesta terça-feira, 17 de junho, foi marcada por uma discussão acalorada entre a presidente da Casa, vereadora Paula Calil (PL), e o vereador Jeferson Siqueira (PSD). O embate teve início após Siqueira acusar a Câmara de agir com subserviência à Prefeitura e criticar o trabalho da Secretaria de Comunicação do Legislativo. As declarações inflamaram o ambiente e culminaram em um momento de tensão no plenário.
Durante seu tempo na tribuna, Jeferson Siqueira acusou a mesa diretora de beneficiar alguns parlamentares por meio da comunicação institucional da Casa. O vereador também afirmou que denúncias estariam sendo retiradas do ar a mando do secretário de comunicação, Alex Gonzaga, após suposto contato com empresários. “Temos uma Câmara que encolhe todos os dias por causa da subserviência que assistimos”, declarou Siqueira, em tom elevado.
A presidente Paula Calil reagiu prontamente às acusações e interrompeu a fala do colega, chegando a cortar o som do microfone do parlamentar. A atitude provocou tumulto e paralisação temporária da sessão. Parlamentares trocaram acusações e palavras de ordem, aumentando ainda mais o clima de instabilidade entre os membros da Casa de Leis.
As críticas de Siqueira, embora polêmicas, trouxeram à tona um descontentamento latente sobre a forma como a Câmara tem sido conduzido. O vereador questionou a imparcialidade da Secretaria de Comunicação e apontou que a falta de equidade prejudica o papel fiscalizador dos vereadores, além de comprometer a transparência com a população cuiabana.
O episódio expôs uma crise de confiança entre os parlamentares e reforçou o sentimento de divisão interna. A expressão “Casa dos Horrores”, usada por Siqueira para definir a atual imagem do Legislativo municipal, reflete o desgaste da instituição perante a opinião pública. O clima tenso evidencia que os desafios da Câmara vão além do debate político e envolvem também a necessidade de resgatar sua credibilidade.
