Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Montagem GD
O talento da confeiteira Isadora Ribeiro, mais conhecida como Nina, não surgiu por acaso. Na verdade, ele já corria nas veias muito antes de ela decidir vender doces pelas ruas de Cuiabá. Filha de cozinheiros apaixonados, ela cresceu em um lar onde o fogão era o ponto de encontro da família e onde o empreendedorismo era vivido no dia a dia, com mãos calejadas e corações cheios de esperança.
“Meu pai sempre trabalhou com comida. Ele fazia salgados e vendia para sustentar a gente. Eu cresci vendo ele vendendo sempre alguma coisa… minha mãe ajudava. Então, empreender sempre foi a realidade da nossa casa. Não era só sobre vender: era sobre lutar, sobreviver e fazer com amor”, relembra Nina, emocionada.
Foi com esse legado que Nina encontrou na culinária não só uma paixão, mas também uma saída quando as dificuldades bateram à porta. “Comecei fazendo brigadeiros só para mim, pelo gosto mesmo. Mas, quando veio à necessidade financeira, resolvi transformar isso em trabalho. Juntei amor e sobrevivência”.
Hoje, Nina se dedica exclusivamente à produção de doces artesanais, com destaque para as suas saladas de frutas gourmet, que viraram sensação nos bairros de Cuiabá. Mas ela não está sozinha nessa jornada: o marido, Robert, é seu braço direito. Todos os dias, ele percorre as ruas da cidade carregando um cooler com mais de 20 kg, vendendo de porta em porta.
“Meu pai foi meu primeiro exemplo. Meu marido é minha força agora. É muito lindo ver que essa luta virou algo nosso, de família mesmo. A gente acorda cedo, planeja junto, batalha junto”, conta.
Mas foi o bolo pudim, criado como presente de aniversário para o pai, que virou seu grande sucesso. “Meu pai ama pudim. Quis dar algo diferente pra ele. Fiz sem saber se ia dar certo. Postei nas redes dizendo que era só pra minha família… mas as pessoas começaram a pedir. Diziam: ‘Você precisa vender isso! ’. Então, eu vendi, e virou o mais procurado nas feiras.”
Nina doces
Por trás de cada doce vendido há madrugadas acordada, insônia criativa, contas para pagar e sonhos para realizar. “As pessoas olham o preço, mas não veem que você passou noites sem dormir, que fez tudo com carinho, pensando em cada cliente.”
Nina segue firme, com brilho nos olhos, carregando nas mãos não apenas receitas, mas um pedaço da sua história, a força dos pais, o apoio do marido e a fé de que é possível viver daquilo que se ama.
“Empreender é difícil, cansa, às vezes desanima. Mas quando você olha pra trás e vê de onde veio, lembrar do exemplo dos seus pais e olha pro lado e vê seu marido carregando o peso com você… aí você entende que vale a pena.”
Nina atende nas feiras gastronômicas na quinta na praça da Vanguard e na sexta-feira do Parque da Nascente, na Morada do Ouro. E encomendas pelo telefone (65) 99284-8695.