Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Mariana da Silva
O governador Mauro Mendes (União Brasil) reiterou nessa segunda-feira (7) o seu posicionamento definitivo pelo fechamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. De acordo com o gestor estadual, os novos hospitais que vêm sendo construídos pelo Governo do Estado possuem melhor estrutura e, portanto, haverá migração dos serviços assim que inaugurados, já que a edificação da Santa Casa não pertence ao estado.
“Já falei 10 vezes sobre esse negócio. Alugamos o prédio, construímos uma casa nova 100 vezes melhor que a casa antiga e vamos mudar todos os serviços lá para dentro, o prédio não é nosso, é do TRT e todos os serviços serão migrados ou para o Hospital Central ou para outra unidade”, declarou à imprensa durante entrega do Prêmio Eficiência e Inovação 2025, no Salão Nobre Cloves Vettorato, Palácio Paiaguás. Também participou o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra.
A fala sucinta e direta, bem como o tom utilizado por Mendes diante dos questionamentos, é mais um indicativo de que o governo estadual não pretende voltar atrás na decisão de sair da gestão da Santa Casa, algo que fora anunciado há meses atrás.
Conforme noticiou o GD em entrevista com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), o prédio da Santa Casa deve ir a leilão, algo que teria confirmado com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23). A Santa Casa deve funcionar até a inauguração do Hospital Central, marcada para setembro.
O objetivo do leilão é quitar as dívidas trabalhistas acumuladas por mais de cinco anos, que somam mais de R$ 50 milhões com 860 ex-funcionários. Desse total, R$ 43,7 milhões continuam pendentes de pagamento, envolvendo mais de 470 processos judiciais.
Na última semana, médicos, paciente e membros da comunidade protestaram contra o fechamento da Santa Casa, fazendo um abraço simbólico em torno da unidade, com objetivo de mobilizar autoridades e a classe política sobre a importância do local para a saúde cuiabana.
