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Justiça Militar adia audiência sobre o caso Lucas Veloso

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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: aChico Ferreira

Adiada audiência de instrução e julgamento da ação penal relativa ao homicídio qualificado do aluno bombeiro Lucas Veloso Peres, 27, prevista para esta quinta-feira (22). Conforme o magistrado Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar, a suspensão do trâmite processual da ação penal se deve ao fato de a defesa do réu, o capitão Bombeiro Daniel Alves de Moura e Silva, apontar a suspeição do juiz militar tenente-coronel bombeiro Heitor Alves de Souza, tendo em vista que, na época da morte do aluno, ele atuava na função de corregedor adjunto da corporação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, durante a realização do Inquérito Policial Militar (IPM).

Em seu despacho, o magistrado determinou a suspensão do trâmite e da audiência com vista aos autos para o tenente-coronel Heitor Alves possa se manifestar sobre a suspeição arguida pela defesa. Caso o oficial não aceite a suspeição, deverá apresentar resposta no prazo de três dias, com a apresentação de até duas testemunhas. Após isso, o magistrado determinou que a autuação do requerimento seja remetida ao Tribunal de Justiça, no prazo de 24 horas para julgamento da exceção.

A terceira audiência de instrução foi marcada na segunda audiência, quando se encerraram os depoimentos de testemunhas de defesa e acusação dos réus. Além do Capitão Daniel Alves, o “D’Louco”, também é réu o soldado Kayk Gomes dos Santos. Ambos serão os últimos a serem interrogados na ação penal. Na segunda audiência, realizada no dia 19 de fevereiro, foi determinada a realização de um laudo pericial complementar pelos peritos oficiais do estado, que atestaram a morte de Lucas em decorrência de asfixia mecânica por afogamento durante treinamento em água, comandado pelo Capitão D’Alves.

Laudo complementar da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec) com mais de 50 páginas reafirmou o laudo inicial. Os laudos oficiais contrariam a tese da defesa do capitão, que aponta que a morte de Lucas Veloso se deu por mau súbito, decorrente de problemas cardíacos congênitos, agravados pelo uso de medicação psiquiátrica.

Contraria inclusive o depoimento do perito particular que apresentou a tese na segunda audiência. Mas a defesa dos réus se manifestou nos autos refutando o novo laudo e fez pedido à Justiça Militar que convoque uma junta médica para ser ouvida durante ação penal.

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