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Presidente da OAB alega que imprensa faz ‘desserviço’ ao noticiar prisão de colega em Sinop

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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), 6ª Subseção de Sinop, Reginaldo Monteiro, criticou o trabalho da imprensa durante a cobertura da prisão de sua colega advogada, presidente da Comissão de Direito do Trabalho, Daline Bueno Fernandes, que aconteceu no sábado (17), após ser acusada de agredir 3 irmãs. Para o advogado, o trabalho dos jornalistas nesse episódio registrado pela Polícia Militar é um “desserviço”.

Reportagem do GD entrou em contato com Monteiro duas vezes. A primeira, foi na noite de domingo (18), após o caso vir à tona. Na primeira tentativa, ele não se manifestou e já se demonstrou irritado com os questionamentos.

Nesta segunda-feira (19), a advogada Daline e o companheiro dela – também preso -, foram soltos após pagarem uma fiança de R$ 10.109,88. Reportagem procurou novamente Monteiro, com objetivo de oferecer espaço para ouvir o lado da advogada detida no episódido e saber como a OAB Sinop acompanha a situação e, mais uma vez, foi desprezada.

Reginaldo ainda criticou o que entendeu como “espetacularização” do caso em torno da mídia. “Se o juiz não tivesse colocado, a gente pediria o segredo de justiça da mesma forma. Exatamente para resguardar essa questão dessa espetacularização que a imprensa faz com coisas, questões particulares, que não traz nada para ninguém isso. Aliás, é um desserviço, eu nunca vi tanto desserviço da imprensa quanto esse”, disse.

Segundo ele, trata-se de uma questão particular e não do exercício da profissão. “Isso denigre a imagem das pessoas, mas cada um tem a sua consciência, cada um faz o seu trabalho, mas era mais nesse sentido de resguardar a imagem, tanto da moça que tá aparece como suspeita, quanto da outra também que aparece como vítima”, declarou.

Ele ainda classificou que os ataques que a imprensa recebe durante o trabalho se deve a “desconfiança” da população por conta no “comportamento” dos jornalistas. Questionado se a imprensa não possui o direito de divulgar informações que vem a público, o advogado cita que o fato foi divulgado “do jeito que bem quis e não o inquérito todo”

Por meio de nota oficial, a instituição se manifestou por meio de seu site oficial. Confira:

Nota pública

“A 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) tomou conhecimento na tarde do último sábado (17) dos fatos envolvendo duas advogadas vinculadas à subseção. As advogadas não estavam no exercício profissional e os fatos se tratam de situações da vida privada.

Informamos que a 6ª Subseção da OAB, por seu presidente, Dr. Reginaldo Monteiro de Oliveira, acompanhou a condução do procedimento policial, oitiva dos conduzidos e audiência de custódia, fins de resguardar a ampla defesa, contraditório e prerrogativas dos envolvidos.

A 6ª Subseção da OAB/MT está atenta aos desdobramentos das investigações e reitera que confia nos órgãos competentes para a elucidação dos fatos.

6ª SUBSEÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – MATO GROSSO”

O caso
Conforme noticiou o GD, uma jovem de 24 anos foi agredida e ameaçada de morte ao ter sua residência invadida por um casal, sendo eles um homem de 39 anos e uma mulher de 36, na manhã de sábado (17) no bairro Jardim Paraíso, no município de Sinop (500 km de Cuiabá). Um dos agressores, seria a advogada Daline Bueno Fernandes, presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB-MT, seccional de Sinop, conforme consta em boletim de ocorrência.

A vítima L., 24 , relatou que uma amiga de seu ex-marido teria invadido sua residência com um comportamento ‘totalmente desequilibrado’, xingando e partiu para agressões contra ela. De acordo com a vítima, duas duas irmãs, uma de 29 e outra de 26 anos que estavam no local tentaram conter as agressões, mas foram seguradas pelo suspeito e a advogada também as agrediu.

A vítima ainda relatou que foram quebrados alguns porta retratos de sua casa e que a suspeita tentou pegar os cacos de vidro para golpeá-la. Ao saírem da casa, os suspeitos ainda teriam ameaçado voltar para matá-la.

Ao se deslocar para a residência da suspeita, os policiais encontraram ela e o homem e de fato constataram alguns arranhões provenientes da invasão da residência da vítima e das agressões. Eles foram encaminhados a delegacia.

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